A mesma mão que bate afaga. A mesma torcida que xinga, uma semana depois, volta a idolatrar. Mas do alto de sua realeza, o Imperador não perdoou facilmente. Quando acertou o canto direito de Julio Cesar e garantiu a vitória por 1 a 0 do Flamengo sobre o Corinthians, pelas oitavas de final da Libertadores, Adriano esboçou correr para os seus súditos e explodir numa simbiose de fúria e alegria.
Era a hora de extravasar. Mas, sabe-se lá por que, a frieza falou mais alto. Cara de mau, cabeça baixa e o abraço dos companheiros. Para a torcida que o saudava aos gritos de “Imperador voltou”, a indiferença foi cruel. As feridas das ofensas que recebeu após a pífia atuação contra o Caracas ainda não cicatrizaram.
O centroavante ainda não é aquele que encantou o Brasil no segundo semestre de 2009. Mas em uma comparação direta com Ronaldo, a diferença foi nítida. O camisa 10 rubro-negro apresentou-se como um grande atacante em busca da melhor forma física. Do outro lado, massacrado pelas ofensas das arquibancadas, o Fenômeno aparentava ser um ex-craque absolutamente fora de forma.
Mas o brilho da noite recaiu sobre Adriano. Salvo quando Ronaldo foi substituído e recebeu no rosto constrangido, irritado, a luz de laser que um inconveniente torcedor rubro-negro insistia em mirar no campo.
Nem precisava. Se no mano a mano Adriano fraquejou e perdeu para Chicão boa parte das tentativas, de uma forma geral ele mudou a postura. Um simples pique em busca de zagueiros fez a arquibancada se agitar, reverenciar o ídolo maior de um time que viu o “caldo entornar” em 2010.
De campeão brasileiro a equipe na bagunça. As críticas se multiplicaram ao Flamengo e, claro, a Adriano. A saída de campo foi discreta, sem entrevistas. No ombro, carregou uma camisa do Corinthians, time que novamente afundou. Foi assim no primeiro turno do Brasileiro. Naquela ocasião, o Flamengo venceu por 1 a 0, gol dele. Pouco para a quantidade de chances que ele desperdiçou na tarde daquele domingo. Para penitenciar-se, cascudos.
Os socos na careca retornaram na quarta-feira. Principalmente quando cabeceou, o goleiro do Timão defendeu, e a bola bateu na trave. Seria a chance da vantagem por 2 a 0 e, quem sabe, da esperada explosão. Os últimos sete gols dele pelo Flamengo não tiveram a comemoração. Na única vez em que quebrou o silêncio, ele jurou que não era mágoa ou raiva de ninguém. Explicação dada, mas difícil de aceitar. É notório o desconforto da figura real com as críticas.
Mas é hora da volta por cima. As lágrimas pelas saídas de Andrade e Marcos Braz secaram rapidamente. Nos últimos dias de treino, foi quase sempre o último a sair, quase sempre o único a deixar o gramado sem esboçar sorrisos. A figura sisuda para consumo externo não existe entre os companheiros. Com o grupo, Adriano recebe apenas uma nomenclatura. Simples, mas que resume tudo.
Era a hora de extravasar. Mas, sabe-se lá por que, a frieza falou mais alto. Cara de mau, cabeça baixa e o abraço dos companheiros. Para a torcida que o saudava aos gritos de “Imperador voltou”, a indiferença foi cruel. As feridas das ofensas que recebeu após a pífia atuação contra o Caracas ainda não cicatrizaram.
O centroavante ainda não é aquele que encantou o Brasil no segundo semestre de 2009. Mas em uma comparação direta com Ronaldo, a diferença foi nítida. O camisa 10 rubro-negro apresentou-se como um grande atacante em busca da melhor forma física. Do outro lado, massacrado pelas ofensas das arquibancadas, o Fenômeno aparentava ser um ex-craque absolutamente fora de forma.
Mas o brilho da noite recaiu sobre Adriano. Salvo quando Ronaldo foi substituído e recebeu no rosto constrangido, irritado, a luz de laser que um inconveniente torcedor rubro-negro insistia em mirar no campo.
Nem precisava. Se no mano a mano Adriano fraquejou e perdeu para Chicão boa parte das tentativas, de uma forma geral ele mudou a postura. Um simples pique em busca de zagueiros fez a arquibancada se agitar, reverenciar o ídolo maior de um time que viu o “caldo entornar” em 2010.
De campeão brasileiro a equipe na bagunça. As críticas se multiplicaram ao Flamengo e, claro, a Adriano. A saída de campo foi discreta, sem entrevistas. No ombro, carregou uma camisa do Corinthians, time que novamente afundou. Foi assim no primeiro turno do Brasileiro. Naquela ocasião, o Flamengo venceu por 1 a 0, gol dele. Pouco para a quantidade de chances que ele desperdiçou na tarde daquele domingo. Para penitenciar-se, cascudos.
Os socos na careca retornaram na quarta-feira. Principalmente quando cabeceou, o goleiro do Timão defendeu, e a bola bateu na trave. Seria a chance da vantagem por 2 a 0 e, quem sabe, da esperada explosão. Os últimos sete gols dele pelo Flamengo não tiveram a comemoração. Na única vez em que quebrou o silêncio, ele jurou que não era mágoa ou raiva de ninguém. Explicação dada, mas difícil de aceitar. É notório o desconforto da figura real com as críticas.
Mas é hora da volta por cima. As lágrimas pelas saídas de Andrade e Marcos Braz secaram rapidamente. Nos últimos dias de treino, foi quase sempre o último a sair, quase sempre o único a deixar o gramado sem esboçar sorrisos. A figura sisuda para consumo externo não existe entre os companheiros. Com o grupo, Adriano recebe apenas uma nomenclatura. Simples, mas que resume tudo.
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