O 'Santos' chegou a Manizales esbodegado, com dois dos principais jogadores do time, 'Elano' e 'Naymar', dando claros sinais de mal-estar, pois, além da longa viagem de avião e mais duas horas de ônibus numa estradinha de matar, há a questão da altitude. Some-se a isso, a minimaratona de decisões vividas pelo Peixe nas últimas semanas, e o amigo pode tirar suas conclusões.
A minha é óbvia: o Peixe, de DNA ofensivo e tal e cousa e lousa e maripousa, vai plantar-se na maior retranca nesse jogo de ida com o Once Caldas.
Resumindo: vai ser um sufoco maior do que a vivida em Querétaro, na semana passada.
TRUQUE RUBRO-NEGRO
O Ceará recebe o 'Flamengo' em festa. Afinal, depois de quebrar a invencibilidade do Rubro-Negro em pleno Engenhão, pela Copa do Brasil, meteu uma goleada no Guarani e levantou a taça estadual.
Mas, o Mengo vai a Fortaleza cheio de truques. O principal deles é o de tentar um gol logo de cara, para reduzir a vantagem do adversário e desestabilizá-lo. Boa ideia, se a coisa for devidamente treinada.
A propósito, não entendo por que esse não seja um treinamento corriqueiro em todos os times. Refiro-me àquela trama vertiginosa na saída de bola no início da partida e do segundo tempo. Ou, mesmo, depois de gols tomados.
Lembro que o folclórico e saudoso técnico argentino Filpo Nuñes gostava de afiar a Academia do Palmeiras nesse expediente. E chegou a bater recorde na época, com gol de 9 segundos, marcado por Gildo em lançamento de Djalma Santos. Três toques, gol: Pim-Pam-Pum, como gostava de repetir o malandro de camisa de seda.
São coisas que não entendo no futebol. Por exemplo: por que não se treina a cobrança de lateral com medicine-ball ou sei lá que apetrecho mais moderno exista para fortalecer a musculatura dos braços do cobrador habitual? O lateral, tão desprezado, em geral, é um lance precioso, pois, ao ser cobrado com as mãos tem mais precisão, e está isento da lei do impedimento.
Mas, voltando à vaca fria, o Flamengo terá de tirar muitos truques da cartola para se recuperar diante desse Ceará que de bobo não tem nada.
MISSÃO IMPOSSÍVEL
O Palmerias vai a Curitiba atrás de uma miragem: meter sete a zero no Coritiba ou, no mínimo, seis, para ir aos pênaltis.
Na verdade, não seria uma impossibilidade se esse Palmeiras tivesse a força daquele dos tempos da Parmalat, que disputou com o Grêmio de Felipão uma decisão, não lembro de que torneio. No Olímpico, o Palmeiras levou de seis, se não engano, e, em São Paulo, também fez seis, mas tomou um e perdeu a vaga para o Grêmio.
Não é a situação atual, claro.
Contudo, não descarto uma vitória protocolar do Palmeiras, embora o Coxa tenha um objetivo extra nesse jogo já decidido: ampliar o recorde incrível de vitórias consecutivas – ou, na pior hipóteses, manter a singular invencibilidade nesta temporada.
FERNANDÃO PARTE
A questão, na verdade é saber se Fernandão, que parte hoje do Morumbi, realmente lá chegou. Desde que foi contratado, passou mais tempo na enfermaria do que no campo. E, nas poucas vezes em que jogou, teve desempenhos oscilantes.
Moço instruído, do bem, Fernandão foi um excelente jogador, seja como centroavante, no início de carreira no Goiás, seja como meia ofensivo. O problema é que, nos últimos anos, não conseguiu resgatar aquele futebol que até o levou para a Seleção, nem no Goiás, na sua última passagem, nem agora no São Paulo.
Além do mais, seu salário pesava um bocado na folha de pagamento do São Paulo.
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