Nem todo mundo sabe, mas neste final de semana quatro jogos movimentaram as quartas de final do Campeonato Norte-rio-grandense de Futsal. Muito menos que dos 16 participantes desta edição do certame apenas um é de Natal e mesmo assim universitário. Enquanto isso, no interior várias prefeituras, empresas e instituições de ensino se esforçam para manter seus times nos principais campeonatos de futebol de salão locais e nacionais.
Na capital o que se vê é um total desinteresse por parte dos principais clubes. O ABC, por exemplo, desde o ano passado "deu as costas para o futsal". O América fez ainda pior, esquecendo 50 anos de história no esporte ao encerrar as atividades em 2007.
Talvez muita gente também não saiba que o Rio Grande do Norte teve seu único representante na Taça Brasil de Futsal Feminino, o São Gonçalo, eliminado da competição nesta última semana. Ou ainda que no próximo mês o time masculino do Cruzeiro de Assú vai representar o estado na Taça Brasil.
Na capital o que se vê é um total desinteresse por parte dos principais clubes. O ABC, por exemplo, desde o ano passado "deu as costas para o futsal". O América fez ainda pior, esquecendo 50 anos de história no esporte ao encerrar as atividades em 2007.
Talvez muita gente também não saiba que o Rio Grande do Norte teve seu único representante na Taça Brasil de Futsal Feminino, o São Gonçalo, eliminado da competição nesta última semana. Ou ainda que no próximo mês o time masculino do Cruzeiro de Assú vai representar o estado na Taça Brasil.
Cruzeiro do Assu será o RN na Taça Brasil de 2011
Todavia, certamente o torcedor deve lembrar que no ano passado o ABC sagrou-se campeão da Liga Nordeste e ganhou o direito de participar da Super Liga de Futsal, principal competição do esporte no país, mas talvez também não saiba que o Alvinegro só não seguiu viagem em virtude da falta de interesse do clube. "Na única vez que precisei do ABC o clube me deu as costas", conta Rubens Lemos Filho, o Rubinho, que esteve à frente das atividades do futsal abcdista de 2005 a 2010.
"Algumas pessoas da atual diretoria, mais precisamente as que estavam no departamento de marketing, nos humilhou e nos tratou com indiferença durante quatro meses", reclama. Situação semelhante é a do América, que parece ignorar nada menos que 50 anos de história na modalidade.
Para quem fez parte de todo este período, é lamentável ver a indiferença do clube. "O futsal do América só não existe porque o clube não tem nenhum interesse que ele exista", revela Arthurzinho, ex-jogador e técnico de futsal. Com 20 anos como jogador e 30 como treinador no currículo, Arthurzinho conta que sonha em poder voltar com as atividades no time rubro, mas que ainda não consegue enxergar essa possibilidade em função da falta de boa vontade de alguns dirigentes. "Já fiz tudo o que foi possível para voltar (com as atividades) mas não tem nenhuma pessoa sequer na diretoria que tenha interesse no futsal do América", diz.
Clubes não querem investir
De 2005 para cá o ABC apenas lucrou com o futsal. O clube teve sua marca explorada pela mídia em virtude das participações nos principais campeonatos do calendário nacional, como a Super Liga em 2006 e a Liga do Nordeste, onde a equipe sagrou-se campeã no ano passado, e ficou em alta com a torcida. Tanto que em 2006 o time conseguiu atrair o maior público do Machadinho, quando mais de 10,5 mil pagantes assistiram ao jogo contra o Jaraguá, de Falcão e companhia. Apesar disso, o clube não investiu nada na modalidade.
No América, mesma coisa. Se não fossem os patrocinadores o time que já foi vice-campeão brasileiro, tetracampeão do Nordeste e dono de 41 títulos locais não teria conseguido se manter em atividade até 2007. A razão disso? "Os clubes daqui têm uma visão tosca do futsal", comenta Rubens Lemos.
Para Clóvis Gomes, presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol de Salão (FNFS), este desinteresse é uma realidade de todo o Brasil e que a ausência de grandes empresas que queiram investir no esporte ajuda a agravar a situação local. Ele pontua também que na capital o interesse do público é menor, por exemplo, que no interior. Para quem esteve à frente dos clubes de Natal, porém, esse fato só se dá em virtude da ausência dos times grandes. "O público só não existe porque não existem ABC e América. Se tivesse esses times, o torcedor iria", salienta Arthurzinho. A reportagem de O Poti tentou entrar em contato com as diretorias de ABC e América a fim de comentar o desinteresse pelo futebol de salão, mas em ambos os clubes não encontrou um departamento ou uma pessoa responsável para tratar do esporte.
Fonte: Luan Xavier especial para a redação do Diário de Natal
Todavia, certamente o torcedor deve lembrar que no ano passado o ABC sagrou-se campeão da Liga Nordeste e ganhou o direito de participar da Super Liga de Futsal, principal competição do esporte no país, mas talvez também não saiba que o Alvinegro só não seguiu viagem em virtude da falta de interesse do clube. "Na única vez que precisei do ABC o clube me deu as costas", conta Rubens Lemos Filho, o Rubinho, que esteve à frente das atividades do futsal abcdista de 2005 a 2010.
"Algumas pessoas da atual diretoria, mais precisamente as que estavam no departamento de marketing, nos humilhou e nos tratou com indiferença durante quatro meses", reclama. Situação semelhante é a do América, que parece ignorar nada menos que 50 anos de história na modalidade.
Para quem fez parte de todo este período, é lamentável ver a indiferença do clube. "O futsal do América só não existe porque o clube não tem nenhum interesse que ele exista", revela Arthurzinho, ex-jogador e técnico de futsal. Com 20 anos como jogador e 30 como treinador no currículo, Arthurzinho conta que sonha em poder voltar com as atividades no time rubro, mas que ainda não consegue enxergar essa possibilidade em função da falta de boa vontade de alguns dirigentes. "Já fiz tudo o que foi possível para voltar (com as atividades) mas não tem nenhuma pessoa sequer na diretoria que tenha interesse no futsal do América", diz.
Clubes não querem investir
De 2005 para cá o ABC apenas lucrou com o futsal. O clube teve sua marca explorada pela mídia em virtude das participações nos principais campeonatos do calendário nacional, como a Super Liga em 2006 e a Liga do Nordeste, onde a equipe sagrou-se campeã no ano passado, e ficou em alta com a torcida. Tanto que em 2006 o time conseguiu atrair o maior público do Machadinho, quando mais de 10,5 mil pagantes assistiram ao jogo contra o Jaraguá, de Falcão e companhia. Apesar disso, o clube não investiu nada na modalidade.
No América, mesma coisa. Se não fossem os patrocinadores o time que já foi vice-campeão brasileiro, tetracampeão do Nordeste e dono de 41 títulos locais não teria conseguido se manter em atividade até 2007. A razão disso? "Os clubes daqui têm uma visão tosca do futsal", comenta Rubens Lemos.
Para Clóvis Gomes, presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol de Salão (FNFS), este desinteresse é uma realidade de todo o Brasil e que a ausência de grandes empresas que queiram investir no esporte ajuda a agravar a situação local. Ele pontua também que na capital o interesse do público é menor, por exemplo, que no interior. Para quem esteve à frente dos clubes de Natal, porém, esse fato só se dá em virtude da ausência dos times grandes. "O público só não existe porque não existem ABC e América. Se tivesse esses times, o torcedor iria", salienta Arthurzinho. A reportagem de O Poti tentou entrar em contato com as diretorias de ABC e América a fim de comentar o desinteresse pelo futebol de salão, mas em ambos os clubes não encontrou um departamento ou uma pessoa responsável para tratar do esporte.
Fonte: Luan Xavier especial para a redação do Diário de Natal
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