segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Após recusar Flu e árabes, Parreira diz sentir falta da "adrenalina"

Parreira foi procurado duas vezes para assumir o comando do Flu neste Brasileirão


Afastado dos gramados desde abril deste ano, o técnico Carlos Alberto Parreira decidiu se associar à Traffic, parceira do Palmeiras, em um projeto focado na capacitação de treinadores e jogadores que será realizado no centro de treinamentos que a empresa está construindo.
Apesar dessa empreitada, o comandante da seleção brasileira tetracampeã ainda se mostrou disposto a voltar a um grande clube.

"Estou sentindo falta da adrenalina do futebol. Não é fácil se desligar, principalmente depois dos últimos cinco anos, que foram muito corridos e desgastantes", afirmou Parreira. Esse retorno, no entanto, está condicionado a uma série de fatores. A família, por exemplo, é o grande foco de Parreira.
Por causa dela, o treinador afirmou ter recusado duas propostas para assumir seleções do Oriente Médio, a última delas, inclusive, feita na semana passada.


Se o exterior está fora dos planos de Parreira, o treinador toparia se reencontrar com a adrenalina sonhada no futebol carioca. Neste ano, por duas oportunidades, o técnico recebeu sondagens do Fluminense, quando o time perdeu Renato Gaúcho e Cuca, mas preferiu recusar. Isso, no entanto, não significa que uma nova proposta nos próximos meses também receba um não como resposta.


"Quando vejo os técnicos reclamando que ficam 15 dias longe da família, aquilo mexe comigo, pois eu passei por isso durante 40 anos. Por isso hoje eu coloco essas questões na balança e, se fosse para aceitar uma proposta, teria de ser no Rio de Janeiro", explicou Parreira, que tem sua família radicada na capital fluminense.
No Fluminense, time que atualmente ocupa a 16ª colocação e luta para escapar do rebaixamento, Parreira em 1984, 1999, quando liderou o time na conquista da Série C do Brasileiro e 2000. "Eu gosto do Fluminense e torço para que ele saia do buraco que está atualmente", completou o treinador.

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