segunda-feira, 3 de maio de 2010

Depois da guerra na eliminação de 2006, Alessandro pede calma e limite à torcida.


Do atual elenco do Corinthians, apenas o volante "Marcelo Mattos" conheceu a ira da torcida na derrota por 3 a 1 para o River Plate-ARG, no Pacaembu, que custou a eliminação na Taça Libertadores de 2006. Nesta quarta-feira, o Timão viverá novamente no fio da navalha. Um tropeço diante do Flamengo custará à equipe o sonho de finalmente chegar ao título sul-americano. Apesar de elogiar o comportamento da torcida presente no treinamento do último sábado, o lateral-direito Alessandro pede tranquilidade a quem for ao estádio em caso de um revés alvinegro.

- A cobrança existe, mas tem um limite. Parece que os clubes precisam estar 100% para que não aconteça nada. O torcedor tem que entender que só passa um (time). E, na quarta-feira, as duas maiores torcidas vão viver esse momento. Classificar é um desejo nosso também. Mas, se acontecer alguma derrota, que vai acontecer para Flamengo ou Corinthians, esperamos que o torcedor tenha calma para lidar com um momento como esse – afirmou.

A preocupação surge por conta da última experiência corintiana na "Libertadores". Em 2006, com um time milionário encabeçado por Tevez, Nilmar, Carlos Alberto e Roger, o Timão sucumbiu com uma derrota por 3 a 1 para os argentinos, em pleno Pacaembu. Irritados, torcedores invadiram o gramado e uma multidão foi contida por policiais antes de arrombar um dos portões que dão acesso ao campo. O jogo foi encerrado antes do tempo por falta de segurança.

- Eu lembro daquele jogo, da repercussão, mas (a derrota) não é o nosso assunto. Não estamos tomando atitudes para nos precaver em não classificar. Ninguém aqui está pensando em segurança ou como vai sair do estádio. Nosso pensamento é positivo – acrescentou Alessandro, que deve retornar à lateral após lesões no joelho e na coxa direita.

O lateral, aliás, elogiou a atitude da torcida em comparecer ao treinamento do último sábado para incentivar ao grupo. Mais de três mil alvinegros estiveram no Parque São Jorge cantando músicas de incentivo e sem qualquer ameaçada em caso de uma possível eliminação logo nas oitavas de final.

- Aquilo motiva muito, poucos torcedores fazem. Eles deram uma amostra do que vai ser o Pacaembu e nos deixa muito feliz. Nós precisamos de um pouco mais, algo extra. E temos isso do nosso torcedor. Não ficou dúvida de que o estádio estará lotado. Nós estamos nos sentindo confiantes – completou.


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