
No fim do primeiro tempo, mesmo com uma razoável superioridade do Vasco,voltei a imaginar o futuro próximo: “Eita 0 x 0 sem vergonha… “
Começou o segundo tempo… O jogo melhorou, ficou mais aberto, com o Fla mais organizado e até melhor em alguns momentos… Mas as chances eram raras, enquanto os erros de passes, fartos. A sombra do 0 x 0 continuava.
Aos 30min, Petkovic estava cansado. Felipe saiu. Cabeças pensantes daquele clássico frio. O 0 a 0 era quase uma realidade.

Tinha mais. 47 min do segundo tempo. Cobrança de falta a favor do Flamengo. Lá vai Pet, na mesma posição da cobrança histórica de 2001. O chute foi lindo. A diferença foi que não foi tão no canto e permitiu que Prass espalmasse para escanteio. Fim de jogo, na ponta dos dedos do goleiro-herói.
Não tinha mesmo como não ser 0 a 0. Quando surgiram as chances concretas, um goleiro não permitiu que virassem gols. Como Marcelo Lomba já havia ido bem num chute de Felipe no primeiro tempo, numa cabeçada de Nunes e na tabela que quase deixou Eder Luis na cara do gol no segundo tempo. Parece muito, mas foi pouco. O jogo foi ruim. Decepcionante. Quase tosco, muito embora o clima de nervosismo no Maracanã, com 50 mil torcedores e maioria vascaína, não permitisse que ficasse tão monótono. Por sinal, foi recorde de público do atual Brasileirão.

E o Flamengo? A defesa não é problemática. Leo Moura, Angelim, Jean e Juan ainda fazem uma boa retaguarda. Não é perfeita, mas está longe de ser desastrosa. Com a chegada de Renato Abreu, o meio de campo fica bem resolvido, com ele, Correia, Willians e Pet. O ideal é mais um jogador de criação. Só Pet, aos 37 anos, é pouco. O problema é o ataque.
Val Baiano está pesado e, mesmo em forma, não será a solução para quem já teve Adriano e Love. Cristian Borja não dá. Desajeitado, não tem futuro na Gávea. Se o time tem base na defesa e no meio, no ataque está sem horizonte. Leandro Amaral? Até segunda ordem, é uma aposta de risco. É preciso gastar com novas opções ofensivas. E melhorar o elenco. Ontém, Rogério Lourenço olhava para o banco e não tinha muita saída.
Enfim, um 0 a 0 frio, teimoso e justo no Maracanã.
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