Causos do Futebol – Porque um é craque e o outro não!

O jogador faz gols!

Um montão de gols!

Imediatamente é contratado.

Gol é o que todo mundo quer, é o que todo mundo precisa.

Muito bem!

Então por que um goleador é tratado como craque e outro tão goleador quanto não o é?

Quem eu vi definir melhor essa situação foi um goleador chamado Dario, o Dadá Maravilha; o Beija-flor, o Helicóptero, o que pára no ar!

- Não existe gol feio, nem bonito. Gol é gol, de qualquer jeito! – dizia Dadá!

Essa é uma verdade absoluta. Gol, meu amigo, pode ser com a mão, impedido, que se é validado… é lindo.

Dario (que marcou 930 gols em sua carreira) corria todo desengonçado, chutava todo torto, parecia mais um lenhador do que um jogador de bola.

Aliás, Dario só foi ser jogador de bola porque não aguentava mais ficar plantando postes de madeira, que pesavam uma barbaridade, pelas calçadas das cidades do interior.

Um dia, por acaso, ele viu um treino do São Cristovão – pensou: “entre ficar plantando postes e correr atrás de uma bola, acho que faço melhor correr atrás de uma bola!”.

E aí está a história de um goleador feio.

Quando ficam falando que o Cristiano está no mesmo nível do que o Messi ou do que o Neymar, só posso interpretar como brincadeira.

Quando dizem então que ele está pertinho do Ronaldo Fenômeno, acho quase um sacrilégio.

O Cristiano pode até fazer tantos ou mais gols do que o Messi, pode ultrapassar as marcas do Fenômeno (o que acho impossível), mas nunca vai ter o que o Ronaldo e o Messi têm de sobra: talento.

Não incluí o Neymar nessa última comparação, porque Neymar apesar de ser o segundo goleador do Campeonato Brasileiro com 16 gols, ainda não provou que é um verdadeiro goleador (perdeu muitos pênaltis).

Mas com esse “causo” só quis mostrar que fazer gols pode ser uma arte nos pés de um Ronaldo Fenômeno, de um Careca, de um Tostão, e apenas uma questão de estar na posição certa – que é o caso do Cristiano – mas sem nenhuma beleza.


Só para esclarecer mais ainda: Dario, o Dadá Maravilha, o Beija-flor, o Helicóptero, o que parava no ar, forçou o dom de fazer gols, praticamente a mesma coisa que acontece hoje com o Cristiano.