segunda-feira, 19 de julho de 2010

Atlético-GO 0×1 Flamengo – O time de Petkovic

O momento era conturbado e de baixa autoestima. Por isso, vencer para o Flamengo na retomada do Brasileirão era mais que fundamental para servir de contraponto a um período recheado de má notícias e com o time esfacelado, especialmente no ataque.

O técnico "Rogério Lourenço" tem méritos na conquista dos seis pontos que levaram os rubro-negros ao G-4 por saber armar a equipe com as peças disponíveis e encontrar soluções interessantes, como o trabalho de Willians e Kléberson pelos lados auxiliando Léo Moura e Juan, o sacrifício de Vinicius Pacheco na marcação compactando o time num 4-3-1-2 com variações inteligentes de acordo com o adversário e o posicionamento do estreante Correa mais plantado à frente da zaga iniciando a saída de bola com qualidade no triunfo sobre o Atlético-GO no Serra Dourada.

No primeiro tempo, os dois times atuaram no 4-3-1-2. O Fla se impôs pelo melhor toque de bola e a movimentação de laterais e volantes pelos flancos; o Atlético-GO pecou pelo excesso de cautela..

Marcelo Lomba também merece uma menção especial ao entrar numa geladae se destacar com defesas importantes que garantiram uma zaga que espera por David e Jean e tem problemas na cobertura dos laterais, principalmente pela esquerda. O bom posicionamento e a serenidade impressionaram e o clube já começa a olhar com carinho para o arqueiro vindo da base.



Mas as duas vitórias que redimem o atual campeão brasileiro podem e devem ser creditadas ao talento de Dejan Petkovic. Novamente com a camisa dez, o meia sérvio sobra no meio-campo com a técnica costumeira e se aproveita da liberdade proporcionada pelo sistema de jogo e a colaboração de Vinícius Pacheco na recomposição para ditar o ritmo rubro-negro. E ainda lidera a equipe mais jovem e menos encorpada que aguarda a estreia dos reforços.

Na falta de maior poder ofensivo, Pet resolveu contra o Botafogo com o passe milimétrico para Pacheco servir Paulo Sérgio e cobrou com precisão o pênalti (duvidoso) sofrido por Diego Maurício dando a merecida vantagem pelo seguro primeiro tempo do Fla em Goiânia.

No entanto, o meia de quase 38 anos não consegue manter um ritmo tão forte sendo o principal articulador durante a maior parte do tempo. Se no Maracanã o craque veterano foi decisivo na segunda etapa, a correria no Serra Dourada nos primeiros 45 minutos pesou e o time definhou com o seu cansaço e também com a postura mais ofensiva dos donos da casa após as mexidas do técnico Roberto Fernandes que desmancharam o cauteloso 4-3-1-2 e reorganizaram o Dragão num 4-2-2-2 que encurralou o Flamengo.

Contra um adversário mais qualificado será praticamente impossível suportar tamanha pressão que só aliviou com o desânimo e as limitações atleticanas e a maior presença ofensiva após a entrada de Cristian Borja. O colombiano desperdiçou nos acréscimos a única chance do Flamengo no segundo tempo. Não por acaso, a única jogada efetiva de Petkovic no período.

Mas o nome do jogo para o FLA foi Pet, que mais uma vez, fez os rubros negros comemorarem a vitória e a chegada entre os quatro primeiros G-4.

Nenhum comentário: