terça-feira, 5 de abril de 2011

Goleiro Bruno poderá ganhar a liberade essa semana


O advogado de Bruno, Cláudio Dalledone Júnior, acredita poder conseguir a liberdade do cliente trabalhando sem a interferência de outros defensores, a quem classifica como “milagreiros” e “oportunistas”, que haviam prometido soltar o goleiro em questão de horas. Dalledone endereçou um pedido de habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF) e outro ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que deve ser julgado nesta semana. Ingressou ainda com pedido de liberdade na Justiça de Contagem, onde tramita o processo. “Até então, foram julgadas, e negadas, apenas liminares. Mudou completamente a fase do processo”, disse. Caso seja solto, Bruno pode aguardar em liberdade por um julgamento que, segundo especialistas, não deve entrar na pauta do Tribunal do Júri de Contagem antes de oito meses, diante do grande número de envolvidos e de recursos possíveis. De acordo com o advogado, há inúmeros pedidos de nulidade do processo e um deles é por defesa deficitária. “Meu cliente não teve uma defesa eficiente. Também houve cerceamento, pois não ouviram no processo os delegados responsáveis pelo inquérito”, alega Dalledone. O advogado, que entrou no caso em novembro, diz que seus argumentos somam mais de 200 laudas e acredita que o seu cliente tem plenas condições de voltar a jogar, se for solto. Para o chefe da Divisão de Crimes contra a Vida, Edson Moreira, delegado que conduziu a investigação, o goleiro está longe de poder figurar na condição de vítima da opinião pública. Defendendo o trabalho da Polícia Civil no caso, ele sustenta que o atleta começou a planejar a morte da ex-namorada quatro meses antes do homicídio. “Ele engravidou Eliza, a sequestrou e tentou que ela abortasse. Até respondeu a processo no Rio de Janeiro por isso. Bruno a chamou ao Rio, com a desculpa de que iria reconhecer o bebê como filho, e a sequestrou novamente”, disse o delegado, lembrando que consta do processo que, em fevereiro, o jogador já entrava em contato com o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de matar Eliza e sumir com o corpo.

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