segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Fla x Vasco: O mais clássico dos 0 x 0

Com 20 minutos do clássico entre Fla e Vasco, eu pensei comigo mesmo: Esse negócio tá com o maior jeito de 0 a 0…. .

No fim do primeiro tempo, mesmo com uma razoável superioridade do Vasco,voltei a imaginar o futuro próximo: Eita 0 x 0 sem vergonha…

Começou o segundo tempo… O jogo melhorou, ficou mais aberto, com o Fla mais organizado e até melhor em alguns momentos… Mas as chances eram raras, enquanto os erros de passes, fartos. A sombra do 0 x 0 continuava.

Aos 30min, Petkovic estava cansado. Felipe saiu. Cabeças pensantes daquele clássico frio. O 0 a 0 era quase uma realidade.

E não é que quase não foi? Aos 40min, o grande lance do clássico. Blitz rubro-negra na área do Vasco. Vinícius Pacheco gira e fica diante de Fernando Prass. O goleiro espalma. No rebote, Cristian Borja bate de novo. Nova defesa do camisa 1 vascaíno! E a bola vai na cabeça de Juan: de novo, Fernando Prass. Momento que lembrou a série de defesas de Rodolfo Rodrigues pelo Santos, em 1984. Momento que fez o clássico se acender. Momento digno de aplausos.

Tinha mais. 47 min do segundo tempo. Cobrança de falta a favor do Flamengo. Lá vai Pet, na mesma posição da cobrança histórica de 2001. O chute foi lindo. A diferença foi que não foi tão no canto e permitiu que Prass espalmasse para escanteio. Fim de jogo, na ponta dos dedos do goleiro-herói.

Não tinha mesmo como não ser 0 a 0. Quando surgiram as chances concretas, um goleiro não permitiu que virassem gols. Como Marcelo Lomba já havia ido bem num chute de Felipe no primeiro tempo, numa cabeçada de Nunes e na tabela que quase deixou Eder Luis na cara do gol no segundo tempo. Parece muito, mas foi pouco. O jogo foi ruim. Decepcionante. Quase tosco, muito embora o clima de nervosismo no Maracanã, com 50 mil torcedores e maioria vascaína, não permitisse que ficasse tão monótono. Por sinal, foi recorde de público do atual Brasileirão.


Quanto aos dois times. O Vasco foi um pouco melhor no primeiro tempo, principalmente graças ao corredor pela esquerda com Felipe e Zé Roberto. O time já tem outra cara, ganhou opções de banco e encorpou o elenco. Dedé se transformou num bom zagueiro, o paraguaio Irrazabal errou muito, mas não se escondeu, e o time mostrou boa solidez no meio de campo. A partir do momento em que Zé Roberto e, mais ainda, Felipe cansaram o time caiu e cedeu espaço ao Flamengo.

E o Flamengo? A defesa não é problemática. Leo Moura, Angelim, Jean e Juan ainda fazem uma boa retaguarda. Não é perfeita, mas está longe de ser desastrosa. Com a chegada de Renato Abreu, o meio de campo fica bem resolvido, com ele, Correia, Willians e Pet. O ideal é mais um jogador de criação. Só Pet, aos 37 anos, é pouco. O problema é o ataque.

Val Baiano está pesado e, mesmo em forma, não será a solução para quem já teve Adriano e Love. Cristian Borja não dá. Desajeitado, não tem futuro na Gávea. Se o time tem base na defesa e no meio, no ataque está sem horizonte. Leandro Amaral? Até segunda ordem, é uma aposta de risco. É preciso gastar com novas opções ofensivas. E melhorar o elenco. Ontém, Rogério Lourenço olhava para o banco e não tinha muita saída.

Enfim, um 0 a 0 frio, teimoso e justo no Maracanã.

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