sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Por onde anda... Fábio Augusto!

Revelado nas categorias de base do Flamengo, quase que na mesma época de Marcelinho, Djalminha, Júnior Baiano, Paulo Nunes, Nélio e cia., o volante Fábio Augusto é considerado um jogador versátil, aliás, mudou até de posição depois de quatro anos no futebol sueco. Aos 35 anos, Fábio Hulkdefendeu o Sendas Pão de Açúcar, na segunda divisão do estadual do Rio de Janeiro, e pode até disputar a próxima edição da Liga dos Campeões da Europa.

Depois de brilhar na conquista da Taça São Paulo pelo Flamengo, Fábio e Djalminha foram para o Guarani, de Campinas. No Bugre, Fábio Augusto, atuando como segundo volante ou meia, tornou-se um jogador moderno e logo passou a ser cobiçado por vários times da capital paulista.
O Palmeiras tentou sua contratação, mas dos três pretendidos conseguiu tirar do Brinco de Ouro da Princesa dois: Djalminha e Luizão, em 1996. Em seguida, o dublê de lateral e meio-campista foi emprestado para o Atlético Mineiro. Um ano depois, de forma surpreendente, despontou no arquirrival Corinthians.
Ainda este ano, depois de ser emprestado pelo Kalmar (SUE), Fábio Augusto sofreu um grave acidente e participou da péssima campanha do América, que foi rebaixado à segunda divisão do Estadual do Rio. “Eu só joguei o segundo turno, inclusive, no último jogo, o América estava ganhando por 1 a 0, gol meu, mas acabamos levando o empate”, comenta Fábio Augusto. O jogo citado foi contra o Mesquita, no estádio Giulite Coutinho, e terminou 1 a 1 graças ao gol de Gilsimar.
A ausência no primeiro turno da competição deve-se ao fato do jogador ter sido se envolvido em uma grave colisão de moto perto de sua casa, no Rio de Janeiro. “Foi dia 20 de dezembro do ano passado. Eu tava saindo de casa de moto, eu ia deixar ela na casa de um amigo para depois ir treinar no América. Aí um cara invadiu minha pista e me acertou na contramão. Eu estava sem capacete, machuquei muito a cabeça e tive um corte grande na canela. Foram quase dois meses e meio de recuperação”, explica.

Passado o susto, Fábio Augusto ainda não definiu onde vai jogar a próxima temporada, mas garante que está longe de encerrar a carreira. “Talvez eu volte para a Suécia.
O meu time conquistou a vaga para disputar a próxima Liga dos Campeões. O treinador do Kalmar sempre gostou muito de mim. Na próxima semana vou conversar com um diretor do clube e decidir o meu futuro. Se for pra voltar, a proposta tem ser muito boa. Eu não vou tirar minha família do Brasil para ganhar a mesma coisa que eu ganharia para disputar o Campeonato Estadual”, disse.
Curiosamente, mesmo depois de ter conquistado títulos estaduais com Corinthians e Atlético-MG, Fábio Augusto considera a sua passagem pela Suécia como o melhor momento de sua carreira. “Lá eu não tinha muita mídia, mas fui campeão em 2007 e marcando muitos gols.
Não tem nem comparação com o futebol brasileiro, é um futebol na base da força. As pessoas lembram de mim jogando mais atrás e lá eu fui segundo atacante. Mas eu ganhei muita massa muscular e com isso, acabei mudando o meu estilo de jogo. Aqui eu jogava com 74 quilos, lá eu jogava com 85 quilos”, comenta.
Mas o jogo mais importante de sua carreira não foi na Europa. Com a entrada do novo patrocinador (Banco Excel), no começo de 1997, o Corinthians formou um time de craques como Túlio, Antônio Carlos, Donizete e André Luiz, e lá estava Fábio Augusto, considerado o cão-de-guarda do técnico Nelsinho Baptista. “Jogo marcante pra mim foi a final do Paulistão de 1997.
O São Paulo tinha um trio com Serginho, Denílson e Fábio Aurélio. Do outro lado, eu, Marcelinho e Donizete. Foi um duelo de gigantes e graças a Deus ficamos com o título, foi espetacular”, lembra Fábio “Hulk” que, um ano antes, foi pego no exame antidoping com a substância efedrina, tudo por causa de uma vitamina norte-americana, e ficou 60 dias afastado do Corinthians.


Porém, antes de jogar na Suécia, Fábio Augusto defendeu o desconhecido Chernomeoretts, da Rússia, ao lado dos volantes Flávio e Ricardo Bóvio, ex-Corinthians. E histórias não faltam depois de morar cinco anos no velho continente.
“Uma vez foi inacreditável. Estávamos na Espanha fazendo uma pré-temporada. Joguei de manhã contra o Rosenborg, da Noruega, os 90 minutos. Às 17h, meus companheiros bateram na porta do meu quarto dizendo que teria treino. Na hora eu não acreditei, continuei dormindo gostoso, mas o diretor foi me chamar. E era treino mesmo, nada de treninho. Lá não tem refresco”, revela.
E vocês se lembram do glorioso Afonso Alves, que hoje defende o Middlesbrough, da Inglaterra, convocado por Dunga em 2007? Pois é…Fábio Augusto enfrentou o compatriota inúmeras vezes na Suécia. E um desses confrontos não terminou nada bem.
“O Afonso jogava no Malmö, aliás, ele era o meu freguês a Suécia (risos). Um nigeriano do time dele me deu um carrinho que, se acerta, me deixaria alejado. O jogo estava 1 a 0, gol meu, mas quando acabou a partida eu perdi a cabeça. Atravessei o campo todo e fui pra cima do cara. Fui expulso e suspenso por 5 jogos”, conta Fábio Augusto.
Por fim, o experiente Fábio Augusto foi bem sincero quando perguntado qual seria o seu time de coração. “Comigo não tem mais essa história. Depois de muita “sacanagem” que a gente vê no futebol, sou totalmente profissional. Existe esse papo que jogador não tem amor pela camisa, mas qual dirigente tem amor ao jogador?”, disse.
FICHA TÉCNICA:
Nome: Fábio Augusto de Castro Carvalho
Posição: meia/atacante
Data de nascimento: 05/junho/1973 - 35 anos
Peso: 84kgAltura: 1,80m
Clubes: Flamengo-RJ, Guarani-SP, Atlético-MG, Corinthians, Botafogo-RJ, Vitória-BA, Botafogo-RJ, Chernomeoretts-RUS, Kalmar-SUE, América-RJ e Sendas Pão de Açúcar-RJ.
Títulos: Campeão Mineiro – 1996 (Atlético-MG), Campeão Paulista – 1997 (Corinthians-SP) Campeão Baiano – 2000 (Vitória-BA), Vice Campeão da Copa do Brasil – 1999 (Botafogo-RJ), Copa dos Campeões - 2001 (Flamengo-RJ) e Copa da Suécia – 2007 (Kalmar-SUE).

Um comentário:

Diego C. Dantas disse...

Agora tá na Desportiva Capixaba.