segunda-feira, 30 de junho de 2008

CORINTHIANS - Dívidas corintianas não acabam!



Batata e clube amador que formou meia Renato ganham ação e Timão terá de pagar R$ 2,5 milhões parcelados


O Corinthians não encontra dificuldades apenas para quitar parte da gigantesca dívida de mais de R$ 101 milhões, herdada da gestão Alberto Dualib. Outro problema é o crescente número de credores.
O mais recente deles é o minúsculo S. E. Irineu, clube amador de Santa Catarina, que formou o meia Renato, contratado pelo Timão em 2001 do Guarani, com 23 anos.
Pelo contrato firmado na época, o Corinthians pagou uma quantia ao Bugre e teria de mandar anualmente US$ 150 mil ao S. E. Irineu como aluguel do passe até que os 50% fossem quitados integralmente.
– O problema é que esses US$ 150 mil nunca foram pagos. E quando Renato foi negociado com o Flamengo, o tal Irineu também não recebeu o que lhe cabia – diz o presidente corintiano, Andrés Sanchez.
Resultado: o clube catarinense entrou na Justiça e ganhou causa para receber R$ 3,3 milhões. O Corinthians conseguiu um acordo. E ficou de pagar 15 parcelas de R$ 100 mil, totalizando R$ 1,5 milhão.
Outro credor é o zagueiro Batata. Cansado de esperar o pagamento de dívida milionária que se arrasta desde 2002, o jogador entrou na Justiça, ganhou a ação, entrou em acordo com o clube e vai receber R$ 1 milhão em parcelas.
Os valores são pequenos se comparados aos R$ 101 milhões. Mas somados às parcelas que já são pagas aos técnicos Daniel Passarella e Emerson Leão, entre outras pendências trabalhistas, além das dívidas com Internacional e Lyon-FRA, fazem o Corinthians desembolsar em média R$ 3 milhões por mês só com parcelamentos.
E o clube ainda paga empréstimos recebidos do Clube dos 13, da Confederação Brasileira de Futebol, da Federação Paulista de Futebol e de alguns bancos – este último está para ser quitado, veja quadro.
Até Vanderlei Luxemburgo, hoje técnico do rival Palmeiras, reclama que tem dinheiro a receber referente a sua última passagem pelo Parque São Jorge, em 2001.
– Todos dia aparece alguém querendo receber alguma coisa que não foi paga há quatro, cinco, seis anos. Não acaba... – diz Sanchez.

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