domingo, 11 de abril de 2010

Joel traz Botafogo para final da Copa Rio.

O futebol é mesmo um grande deboche coletivo. O Fluminense entrou no Campeonato Carioca como favorito e saiu dele sem chegar sequer a uma final de turno. Já o Botafogo começou sua caminhada no Estadual com poucas esperanças. Logo no terceiro jogo foi goleado por 6 a 0 para o Vasco. O que houve depois? O time ganhou a Taça Guanabara e hoje eliminou o rival tricolor para chegar a mais uma final de turno. Se ganhar mais um jogo, levará o Campeonato sem precisar jogar as finais, coisa que não acontece desde 1998, quando o Vasco levou o título após faturar a Taça GB e a Taça Rio. Vai dizer que você previu esse final? Duvido.

O Fluminense está se especializando em perder jogos decisivos para o Botafogo. Tem sido assim nos últimos três anos. Hoje parecia que seria diferente. Mas, como já aconteceu com Flamengo e Vasco, o Fluminense não soube neutralizar o jogo aéreo do Botafogo. Jogada manjada? Pode até ser. Mas tem funcionado. Falta só uma vitória para aos alvinegros serem campeões com a tática das alturas. Méritos para Joel Santana, Loco Abreu & Cia

Logo aos quatro minutos, Túlio Souza bateu falta e Loco Abreu marcou 1 a 0. Como? De cabeça, evidentemente. Jogo movimentado. E vei um pênalti mal marcado a favor do Fluminense. Fred bateu mal, algo que tem se repetido: bola no travessão. Mas o artilheiro jogava bem e dava personalidade aos tricolores. O Botafogo recuava e não se achava. Era dominado. E, em cinco minutos, Fred virou, ainda no primeiro tempo.

Segundo tempo. Joel Santana mexe certo. Caio e Edno nos lugares de Tulio Souza e Sandro Silva. O Fluminense criava chances, mas o Botafogo voltou ao jogo. Lá e cá. Até que, após mais uma bola alta sobre a área, Fahel chutou fraco e a bola entrou: 2 a 2. Dez minutos depois, o gol da vitória. Caio bate de fora da área, Herrera, impedido, faz o corta-luz e atrapalha Rafael. Gol ilegal. Mas Péricles Bassols legitima o erro.


O Flu foi para a frente, criou chances, mas esbarrou em Jefferson, excelente goleiro. Foi assim: Botafogo 3 a 2. O chuveirinho voltou à moda. Deu certo e os alvinegros seguem em frente graças a ele, à estrela de Joel e à garra dos jogadores, que comemoravam todas as disputas de bola que ganhavam dos tricolores. Talvez seja esse fogo (perdoem o trocadilho) que falte atualmente ao time do Fluminense. Vibra pouco. Me parece gelado demais. O espírito guerreiro, tão vencedor no fim do ano passado, perdeu-se em algum momento e foi parar em General Severiano. E, com certeza, chegou pelo alto. Muito mais seguro, com absoluta certeza


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