quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Robinho: de volta ao Santos após cinco anos e três conturbadas transferências.

A confirmação da saída do atacante Robinho do Manchester City para o Santos nesta quinta-feira aponta uma característica comum na carreira do Rei das Pedaladas. É a terceira vez que ele se transfere de um clube para outro, e em todas as vezes, ele saiu de forma conturbada. Em 2005, chegou a não se reapresentar ao Santos para forçar a saída rumo ao Real Madrid; em 2008, deixou o clube espanhol e foi para o City se dizendo insatisfeito com o tratamento recebido; agora, em baixa no clube inglês, Robinho volta por empréstimo ao clube que o revelou.

O atacante surgiu com 18 anos, em 2002, se destacando com a conquista do título brasileiro. No ano seguinte, ajudou o Santos a ir à final da Libertadores, onde foi derrotado pelo Boca Juniors, mas deu a volta por cima em 2004, quando ajudou o time paulista a conquistar mais um Brasileirão. Em 2005, após proposta milionária do Real Madrid, a Era Robinho chegou ao fim. Em entrevista à TV Globo, quando defendia a seleção brasileira na Copa das Confederações, ele disse que estava indo para a Europa e não se reapresentou ao Santos.

- Lá é o melhor lugar para um brasileiro jogar, onde estão os melhores jogadores do mundo. Já conheço o Vanderlei Luxemburgo e o trabalho dele. Além disso, também estou pensando na segurança da minha família - dizia Robinho, ainda abalado pelo sequestro de sua mãe, em 2004.
Após semanas de negociação, de notícias e desmentidos, foi vendido em agosto de 2005 ao Real Madrid, na época, comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo. Na chegada, Robinho não escondia o sonho de repetir trajetórias como a de Romário, Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho e conquistar o título de melhor jogador do mundo.

- Meu primeiro objetivo é ser campeão com o Real Madrid, ajudar a conseguir todos os títulos, jogar bem e me transformar em um dos melhores jogadores do mundo – disse ele ao se apresentar no clube para ser o camisa 10.

Depois de dois anos, período em que chegou a realizar bons jogos, mas longe de conseguir seu objetivo, Robinho manifestou sua vontade de sair do clube madrilenho. Insatisfeito por estar na reserva, o jogador dizia abertamente estar magoado com o técnico italiano Fabio Capello, na época, comandante do Real. Tinha propostas do Milan e do Chelsea.

- Não estou jogando, e nenhum atleta fica feliz com isso. No futuro, pensarei no melhor para mim e para a equipe. Se ficar, o farei com vontade, e se tiver de ir, vou embora. Acho que não agrado a Capello. Sinto que sou parte do elenco, mas não jogo porque o treinador não confia no meu futebol – disse ele ao diário “AS”, ainda em 2007.


Em setembro de 2008, Robinho foi jogar de azul na Inglaterra, mas não no Chelsea: o Manchester City, time que acabara de ser comprado por um grupo de investimento árabe, o contratou por quatro anos.

- Eu vim para o Manchester City porque vejo o clube crescendo e ficando melhor. Ele pode ser tão grande quanto o Real Madrid? Sim, eu espero. Gosto do jeito que o futebol inglês é jogado e não tenho motivos para sair daqui, mesmo se a nossa temporada não for das melhores – disse Robinho na época.

Depois de mais uma vez, começar bem, acabou perdendo vaga no City, principalmente após a chegada do argentino Carlos Tevez e do togolês Emmanuel Adebayor ao clube. Entrou em conflito com os técnicos Mark Hughes e, recentemente, Roberto Mancini. Mesmo assim, chegou a negar que estivesse pensando em sair.


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